domingo, 4 de abril de 2010

Nível de conhecimento dos alunos sobre o sistema de escrita

        ATENÇÃO !!!!!!
                  
1.Pré-silábico

1.1. Escreve utilizando grafismos e outros símbolos
1.2. Utiliza letras para escrever
1.3. Produz escritas diferenciadas (exigência de quantidade mínima de letras e variedade


2.Silabico:
2.1. Estabelece relação entre fala e escrita (faz corresponder para cada sílaba oral uma marca)utilizando grafismos e outros símbolos

2.2. Estabelece relação entre fala e escrita (faz corresponder para cada sílaba oral um grafismo)


2.3. Estabelece relação entre fala e escrita, utiliza letras mas sem fazer uso do valor sonoro convencional

2.4. Estabelece relação entre fala e escrita, fazendo uso do valor sonoro convencional


3.Silábico-alfabético:

3.1. Estabelece relação entre fala e escrita, ora utilizando uma letra para cada sílaba, ora utilizando mais letras


4.Alfabético:

4.1. Produz escritas alfabéticas, mesmo não observando as convenções ortográficas da escrita

4.2. Produz escritas alfabéticas, observando algumas convenções ortográficas da escrita

4.3. Produz escritas alfabéticas, sempre observando as convenções ortográficas da escrita


*Artigo retirado da Revista Nova Escola.

Uma equipe de verdade-A chave foi envolver os funcionários no planejamento e fazer com que todos se sentissem responsáveis pela Educação dos estudantes

UMA NOVA RELAÇÃO Em menos de um ano, Telma Nespolo
uniu professores e servidores em prol da aprendizagem dos alunos  
                        
 Em 2001, ao assumir a direção da EMEF Padre Emílio Becker, em Presidente Prudente, a 560 quilômetros de São Paulo, encontrei professores e funcionários executando suas tarefas sem interagir, sem se comunicar e sem se preocupar com o desempenho geral da escola. O descaso era tão grande que cheguei a ver funcionários se negando a ajudar as crianças quando elas caíam. A frase mais ouvida nos corredores era ‘Essa não é minha função’, o que criava um jogo de empurra-empurra constante: se um aluno estava fora da sala em horário de aula, o inspetor culpava o professor de tê-lo deixado sair e o professor acusava o inspetor pela falta de fiscalização.


Juntos, o vice-diretor, a orientadora pedagógica e eu apostamos que a solução para esse problema seria mostrar a importância de cada um para a escola virar um local bom para as crianças aprenderem e também para nós trabalharmos. Por isso, todos precisavam se envolver na conquista de resultados. Começamos convidando os 15 funcionários para participar da reunião anual de planejamento (até então, só os professores eram convocados).

No primeiro encontro, para quebrar o gelo, montamos grupos com representantes de todos os setores da escola e sugerimos atividades que propiciassem discutir temas como a necessidade de ações conjuntas para atingir as metas. Em seguida, todos responderam individualmente a um questionário, analisando a própria rotina e os processos de funcionamento da escola. Sob a coordenação da equipe gestora, regras e combinados foram discutidas e reformuladas, o projeto pedagógico foi debatido e estabelecemos metas de desempenho. Com base nessas conclusões, os grupos – dessa vez reunidos por setor – traçaram os objetivos de cada função e reorganizaram as atividades cotidianas. Os funcionários de limpeza dividiram entre eles as salas e os horários para que os espaços estivessem sempre limpos. As cozinheiras discutiram como servir a merenda e, ao mesmo tempo, promover a autonomia dos pequenos. Os inspetores decidiram o esquema de entrada das crianças a fi m de evitar atrasos. Os vigias marcaram os horários das rondas para melhor cuidar do entorno da escola. E os professores escolheram os projetos didáticos e os temas das pautas que gostariam de ver contempladas nos momentos de formação. Ao longo do ano, os grupos continuaram se reunindo periodicamente para resolver questões específi - cas de cada área. Assim, todos passaram a se sentir educadores e, em menos de um ano, a falta de integração terminou e os confl itos se amenizaram. Comecei a sentir que estava se formando uma equipe de verdade."


TELMA NESPOLO, diretora da EMEF Padre Emílio Becker, em Presidente Prudente, SP.

*Artigo retirado da Revista Nova Escola.

Escola em novo ritmo: trocar a sirene por música-O sinal barulhento que tocava nos intervalos das aulas e na entrada dos alunos foi substituída por melodias

                                                            
Hora da entrada e da saída dos alunos: toque de sirene por cinco segundos. Hora do recreio: sirene. Intervalo: sirene. Nós todos, na escola, levávamos um susto pelo menos sete vezes durante um período do dia. Isso quando ela não disparava no meio de provas e atividades, desconcentrando estudantes e professores, e nos fins de semana, incomodando a vizinhança. Muitos franziam a testa. Outros tapavam os ouvidos. Alguns já tinham se acostumado. Ninguém gostava, mas esse era o padrão das escolas da rede municipal e nunca ninguém havia questionado.


Até que nas reuniões de pais as reclamações ficaram frequentes. Uma mãe afirmou: 'Esse tipo de som não condiz com o ambiente da escola. Parece toque de fábrica para a entrada de operários'. O movimento tomou corpo: os alunos se organizaram para pedir o fim do barulho e o assunto foi pauta em todas as reuniões. A gota d'água foi o resultado de uma pesquisa de clima que fazemos semestralmente entre os funcionários: a sirene apareceu no topo da lista do que era preciso mudar

Colocamos a questão no conselho de escola e não foi preciso muita discussão para chegar à conclusão de que a música soaria melhor aos ouvidos. A mudança não foi fácil. Primeiro conectamos um tocador de fita cassete às caixas do velho aparelho de som, porém a cada 50 minutos alguém tinha de apertar o 'play'. Depois conseguimos um aparelho de CD, mas a operação ainda era manual. Posteriormente, uma parceria com a comunidade permitiu montar um sistema informatizado. A fiação dos autofalantes foi trocada com o dinheiro arrecadado em festas e hoje tudo funciona automaticamente, na base do sistema de MP3.


O mais divertido foi a seleção musical. Optamos inicialmente por peças clássicas e infantis. Ninguém gostou. Os pequenos da primeira fase do Ensino Fundamental preferiam os hits pop que ouviam no rádio, e os mais velhos, rock. Com o tempo, fomos acertando e tentando agradar a todos. Agora temos um DJ que mora no bairro e periodicamente vem aqui atualizar o arquivo musical - para a escola não ficar fora da parada de sucessos. Contudo, estamos sempre de olho nas letras: não toca nada que seja ofensivo.

Foi impressionante como uma coisa simples ajudou a melhorar o clima. A sirene remetia a um ambiente de produção em série e não de aprendizagem. As trocas de sala ficaram menos estressantes. Nunca mais ouvimos por aqui aquele som estridente, que, além de fazer mal aos ouvidos, parecia estar mandando todo mundo parar de pensar."

*Artigo retirado da Revista Nova Escola

Hora do recreio: as lições do intervalo-Um olhar atento sobre o recreio leva a reflexões sobre as relações que se desenvolvem na escola

A convivência entre crianças e jovens durante o tempo livre configura um bom termômetro do clima escolar."
 O intervalo entre as aulas representa um aspecto especial na rotina escolar. Muitas vezes, trata-se do único momento em que os alunos podem fazer opções: com quem conversar, de quem se aproximar, onde e como brincar. É o espaço-tempo que os convida a explorar diferentes percursos e aprender algo mais sobre relações grupais. Não é à toa que, para boa parte dos estudantes, o recreio é a hora mais esperada. Quem não se lembra das brincadeiras no pátio? Também são inesquecíveis os intervalos perdidos dentro da sala de aula, como castigo. Enfim, muitas experiências significativas se constroem ou se intensificam nesse período de 20, 30 minutos.


A convivência entre as crianças e os jovens durante esse tempo livre é um bom termômetro do clima escolar: um cenário de alunos explorando diferentes espaços e atividades revela-se muito distinto daquele com estudantes isolados ou que agem com violência. Há instituições que, para evitar o caos, desenvolvem estratégias de controle: aumento da fiscalização dos inspetores, atividades monitoradas e restrição dos locais de circulação. Embora essas práticas ajudem a conter distúrbios, elas não educam os alunos para lidar com as tensões cotidianas.

Se entendermos a escola como um lugar de socialização, devemos ensinar as crianças e os jovens a lidar com os desentendimentos sem jamais negar a existência deles. Afinal, o conflito é inerente às relações humanas. Evidentemente essa é uma escolha que precisa estar explicitada no projeto político pedagógico da instituição. É possível refletir sobre o tema em assembleias, conselhos de classe e no próprio grêmio estudantil e, com isso, ajudar os alunos a compreender a natureza dos problemas coletivos e a propor soluções para enfrentá-los.

Há casos de escolas que incentivam alguns alunos a se tornarem mediadores de conflitos para atuar no intervalo. Nesses casos, quem assume essa função tem clareza de que não é inspetor ou vigilante e deve ser capaz de avaliar se tem condições de resolver determinado problema ou se deve recorrer a um adulto.

Um olhar atento sobre as relações que se apresentam no recreio ajuda o orientador educacional a entender os problemas que emergem do grupo. Muitas vezes, é só no pátio que se percebe a atuação de um líder ou o isolamento de um aluno. A investigação das áreas ocupadas e das vazias também traz informações importantes. Por exemplo: quais investimentos e intervenções são necessários para vitalizar o espaço físico da escola?

Cabe aos gestores definir e implantar estratégias formativas para que professores, inspetores e funcionários atuem de forma educativa nos recreios. Afinal, um tempo tão rico para o ensino e a aprendizagem merece muita atenção.
                                                                        
A Aymará Edições e Tecnologia acredita que uma Cidade Educadora é um lugar onde as ações públicas orientam as pessoas a aprender a aprender. Dessa forma, qualquer ato realizado pela comunidade deve estar fundamentado na aprendizagem.


Salvador é Cidade Educadora desde 2007. A metodologia, os recursos e o suporte técnico para a implantação do programa no município foram fornecidos pela Aymará Edições e Tecnologia.
Todas as nossa Unidades Escolares receberam os livros 2010 e estamos no aguardo das datas de entrega para as nossas crianças , onde iremos iniciar os trabalhos junto com a AYMARÁ e fortalecer ainda mais a  leitura , a escrita de nossas crianças.