sábado, 5 de dezembro de 2009

Por Gustavo Rodrigues, publicado na revista Profissão Mestre e adaptado para o Jornal Virtual. O nosso Blog também tem a ajuda, principalmente no que diz respeito ao Professor.






O Professor !!!!!
Temos que cuidar dos nossos mestres, pois são eles que  ensinam  como ser um verdadeiro Cidadão.




                                                                


                                                               Ombros e postura


Se você não presta atenção na sua postura e realiza muitos movimentos repetitivos, é um forte candidato para sofrer de dores nas costas e lesões como bursites, tendinites, lombalgias, cervicalgias e cervicobraquialgias. Se quiser evitar esses problemas, recomenda-se alternar a postura durante o trabalho, caminhando na sala e sentando, quando possível. É importante realizar pausas e aproveitar para alongar. Isso irá melhorar a circulação das pernas e pés. O alongamento produz um estado de relaxamento que ajuda a diminuir a tensão muscular, aumentada com a ansiedade, o estresse e a depressão.
Jason Gilbert, do Instituto Internacional de Quiropraxia, diz que a dor é um alerta. O corpo avisa quando você tem ou vai ter uma lesão. Se a atividade provocar dor, pare imediatamente; não tente continuar e deixar a dor simplesmente passar. Abusar de medicamentos também pode mascarar a causa. Cuide preventivamente da coluna, dos ossos e da musculatura, diz o quiropraxista, que cita outras boas dicas para a preservação da coluna vertebral:
 • Faça o maior número de movimentos possíveis. Você deve se levantar e mover com intervalos freqüentes; se ficar parado por muito tempo, pode travar as articulações e provocar crises.

• Durma de lado ou de barriga para cima, para não desalinhar a coluna.
• Pratique exercícios físicos regularmente, sob orientação de um profissional de educação física.

                                                             


                                                                         Varizes


Assim como os problemas da coluna vertebral, as varizes também se enquadram no alto preço que o homem paga por ser um animal bípede. No Brasil, elas ocorrem em 35% das pessoas acima de 15 anos, e este número aumenta com a idade. Estima-se que uma em cada cinco mulheres e um em cada 15 homens sejam portadores desta moléstia, que, além de deformidade estética, pode ser incapacitante, com complicações e seqüelas graves. Entre os educadores os números são ainda mais alarmantes. O cirurgião vascular e angiologista José Fernando Macedo, presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), afirma que 80% dos professores têm a probabilidade de ter varizes, por ser uma profissão que exige muito tempo em pé. Para prevenir, ele sugere a prática de exercícios físicos e o uso de meias elásticas no período em que se está dando aula. Os principais fatores de risco são:
• Raça - a população afro-asiática é notoriamente menos acometida pela doença varicosa;
• Idade;
• Sexo - a maior freqüência entre as mulheres se deve ao hormônio estrogênio;
• Predisposição hereditária - um componente genético tem sido relacionado ao aparecimento das varizes;
• Obesidade;
• Hábitos alimentares - a dieta pobre em fibras levam à constipação intestinal (prisão de ventre) e, conseqüentemente, ao aumento da pressão abdominal;
• Hábitos posturais - a permanência por mais de seis horas por dia na posição em pé ou sentado favorece o edema postural dos membros inferiores e a doença varicosa;
• Gravidez - as varizes ocorrem não somente devido à elevação exacerbada das taxas dos hormônios femininos, mas também pela compressão da veia cava inferior pelo útero, dificultando o retorno venoso.
• O risco de varizes é maior em mulheres que tiveram duas ou mais gestações;
• Uso de anticoncepcionais;
• Traumatismo;
• Moda - cintas abdominais apertadas podem aumentar a pressão intra-abdominal e dificultar o retorno venoso;
• Trombose venosa profunda;
• Tabagismo - favorece a formação de trombes no organismo. Este risco aumenta muito quando associado ao uso de anticoncepcionais;
• Problemas ortopédicos, como pé plano;
• Sedentarismo.
No entanto, há mitos, como o do uso de salto alto. Ele até favorece o surgimento de varizes, mas apenas se a professora utilizá-lo todos os dias. Se for usado somente em ocasiões específicas, não causará problemas. Um prato cheio para as varizes é a professora obesa que usa salto alto diariamente, explica o Dr. Macedo, que sugere o uso de salto mais baixo. Outro mito é o de que o uso da cera quente na depilação causa varizes. A cera quente até pode fazer uma vaso-dilatação, mas é só isso, conclui.

                                                                 Barulho em sala



A surdez ocupacional induzida pelo ruído tem sido uma preocupação constante dos profissionais da saúde, sendo as pesquisas direcionadas principalmente ao trabalhador de indústrias e fábricas. Mas, a quantas anda a saúde auditiva dos professores? Sabe-se que o ruído excessivo em classes muito numerosas, além de ser prejudicial ao aprendizado dos alunos, pode desencadear danos psíquicos e orgânicos ao profissional do ensino.

E, de fato, eles freqüentemente se queixam de problemas como surdez, desordens vestibulares, zumbido, além de sintomas extra-auditivos como irritabilidade, dificuldades no sono, problemas digestivos, transtornos comportamentais, dificuldade de concentração, entre outros. Tudo por causa do barulho em sala.
Para melhor determinar a perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) entre os professores, a médica otorrinolaringologista Dra Regina Helena Garcia Martins, Docente da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), e a fonoaudióloga e pós-graduanda Elaine Lara Mendes Tavares realizaram estudo em 2007, envolvendo 80 professores de escolas da rede pública e privada da cidade de Botucatu (SP), procurando identificar sintomas auditivos, realizar avaliação da acuidade auditiva e aferir os níveis de ruído nas salas de aulas. Entre os participantes, 93,75% reclamaram do ruído excessivo no ambiente de trabalho. E não por menos, visto que as aferições dos níveis de ruído registraram pico máximo de 86 e mínimo de 52 decibéis.

Para melhor interpretação dos resultados, foi constituído também um grupo controle composto por 40 indivíduos voluntários, que não eram professores, mas estavam na mesma faixa etária dos estudados. As autoras submeteram os pacientes do grupo controle às mesmas avaliações que os professores.
Foi detectado número relevante de professores apresentando queixas auditivas (65%), destacando-se a perda de audição (31,25%), muitas vezes acompanhada de zumbido e/ou vertigem. Por outro lado, apenas quatro voluntários do grupo controle (10%) possuíam algum grau de perda auditiva.
O ruído nas salas de aula é atribuído a fatores como o número excessivo de alunos por classe quase sempre próximo a 40, as condições acústicas precárias das salas de aula, com tetos altos e janelas amplas, localização de muitas salas em centros de grandes cidades, além da falta de disciplina dos adolescentes. Os professores expostos diariamente ao ruído excessivo podem apresentar graus variados de perda auditiva denominadas de perda auditiva cujo quadro é irreversível.

Por isso, a Dra. Regina defende medidas preventivas. Certamente, a melhor solução para a saúde do professor, não só auditiva, mas também vocal, seria a redução do número de alunos por classe e adequação das salas de aulas. A docência é uma profissão de destaque e a saúde do professor merece mais atenção.





                                                                        Pó de giz

Um dos maiores símbolos da sala de aula, o giz, está com os dias contados. Pelo menos nas escolas municipais de Contagem (MG). A Prefeitura anunciou a troca de todos os quadros negros por quadros brancos de pincel um total de 1.437 em 76 escolas da Rede Municipal de Ensino. Além de acabar com a sujeira provocada pelo material, a medida também previne problemas de saúde, como alergias, em professores e estudantes. Para tanto, fez-se investimento de R$ 309 mil. A prefeita Marília Campos explica que a extinção do quadro de giz nas salas de aula é uma forma de valorização dos servidores da educação e uma medida de atenção à saúde. "Professores e estudantes que são alérgicos não terão mais contato com o pó de giz, evitando problemas de saúde que podem levar ao afastamento do trabalho e da escola, principalmente em épocas mais propícias", afirmou.
De acordo com o especialista em otorrinolaringologia, Júlio Marcos Pinheiro, as pessoas que são mais sensíveis, ao manter contato com substâncias como o pó de giz, poeira, fumaça de cigarro, cheiros fortes, entre outros, estão propícias a desenvolver rinite crônica. "Se uma pessoa ficar muito tempo em contato com o pó de giz, por exemplo, ela pode desenvolver uma reação inflamatória da mucosa do nariz. Os sintomas vão desde a irritação da garganta, olhos, coriza, espirros e cefaléia, evoluindo para otites (inflamação dos ouvidos) e sinusites (inflamação dos seios da face). O tratamento é feito com antialérgicos, mas o ideal é ficar longe dos fatores que desencadeiam o processo", explicou.

A mesma medida foi tomada em escolas públicas do município de Guarulhos e do Estado de Mato Grosso. No Ceará, existe uma lei em benefício dos professores com relação a doenças profissionais dentre estas, as causadas pelo pó de giz. O artigo 39 da lei 12.066/93 determina: O docente acometido de doença profissional no exercício do magistério poderá exercer outras atividades correlatas com o cargo ou função de professor nas unidades escolares, nas Delegacias Regionais de Ensino ou na sede da Secretaria de Educação, sem prejuízo da gratificação de regência de classe.

Mais uma contribuíção da nossa Técnica em Educação , Profª Zulma Peixoto